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02 de Abril - Dia da Conscientização Mundial do Autismo

  • Foto do escritor: Psicóloga Priscila Neves
    Psicóloga Priscila Neves
  • 2 de abr. de 2019
  • 3 min de leitura


O que é o Autismo?

Conhecido popularmente apenas como Autismo, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é denominado pela Associação Americana de Psiquiatria – APA (2013), como um transtorno do neurodesenvolvimento que deve estar presente desde a infância, apresentando déficits na esfera sociocomunicativa, bem como nos aspectos comportamentais estereotipados e de um repertório restrito de interesses e atividades, sendo que os sintomas apresentados, quando tomados em conjunto, devem acarretar na limitação ou dificuldade do funcionamento diário do indivíduo.

O Transtorno é marcado por três características básicas:

  • Inabilidade na interação social;

  • Dificuldade no domínio da linguagem para se comunicar ou lidar com jogos simbólicos;

  • Padrão de comportamento restritivo e repetitivo.


O TEA abrange diferentes categorizações, tais como: leve, moderado e severo. Portanto, não se pode generalizar o sujeito com autismo. É de suma importância a compreensão afinada das características desse Transtorno.



Causa

Estudos iniciais consideravam o Transtorno resultado de dinâmica familiar problemática e de condições de ordem psicológica alteradas, hipótese que se mostrou improcedente. A tendência atual é admitir a existência de múltiplas causas para o autismo, entre eles, fatores genéticos e biológicos.



Sintomas

As manifestações do TEA no cotidiano da criança são perceptíveis antes da mesma completar os três anos.


1) Déficit na comunicação e na linguagem:

  • Atraso ou a ausência do desenvolvimento da linguagem oral (incapacidade de aprender a falar)

  • Em alguns casos, deficiência intelectual


2) Déficit comportamental:

  • Necessidade de estabelecer uma rotina

  • Estereotipias

  • Movimentos repetitivos


3) Déficit na interação social:

  • Dificuldade na socialização

  • O portador é voltado para si mesmo

  • Falta de reciprocidade

  • Falta de contato visual com as pessoas e com o ambiente

  • Comprometimento da compreensão

  • Na adolescência e na vida adulta, a sintomatologia do autismo depende de como o individuo conseguiu compreender as regras sociais e a desenvolver comportamentos que favoreçam a sua adaptação e autossuficiência.


Diagnóstico

O diagnóstico é essencialmente clínico. Leva em conta o comprometimento e o histórico do paciente e norteia-se pelos critérios estabelecidos por DSM–IV (Manual de Diagnóstico e Estatística da Sociedade Norte-Americana de Psiquiatria) e pelo CID-10 (Classificação Internacional de Doenças da OMS).



Tratamento

Até o momento, o TEA é um distúrbio crônico, porém conta com o suporte de esquemas de tratamentos que devem ser introduzidos assim que se obtenha o diagnóstico.


Não existe tratamento padrão que possa ser utilizado. Cada paciente exige acompanhamento individual, de acordo com seu nível, suas necessidades e deficiências. Alguns podem beneficiar-se com o uso de medicamentos, especialmente quando existem comorbidades associadas.


Recomendações

  • Ter em casa uma pessoa com formas graves de autismo pode representar um fator de desequilíbrio para toda a família. Por isso, todos os envolvidos precisam de atendimento e orientação especializados;

  • É fundamental descobrir um meio ou técnica, não importam quais, que possibilitem estabelecer algum tipo de comunicação com o autista;

  • Autistas têm dificuldade de lidar com mudanças, por menores que sejam; por isso é importante manter o seu mundo organizado e dentro da rotina;

  • Apesar de a tendência atual ser a inclusão de alunos com deficiência em escolas regulares, as limitações que o distúrbio provoca devem ser respeitadas. Há casos em que o melhor é procurar uma instituição que ofereça atendimento mais individualizado;

  • Autistas de bom rendimento podem apresentar desempenho em determinadas áreas do conhecimento com características de genialidade.


Curiosidades

  • Meninas com autismo tem mais epilepsia

  • Nem todo autista tem problema na fala

  • Eles costumam não gostar de escrever

  • Medicação faz bem para todos os autistas

  • A idade materna avançada aumenta o risco de autismo

  • Nem todo autista tem deficiência intelectual

  • Nenhum autista é igual

  • Autista beija e abraça

 
 
 

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