A AÇÃO DA NICOTINA NO CÉREBRO
- Psicóloga Priscila Neves
- 19 de fev. de 2019
- 2 min de leitura
Saiba os efeitos bioquímicos, suas consequências fisiológicas e psicoemocional

Nicotina é o nome de uma droga psicoativa que constitui o princípio ativo do tabaco. É a principal responsável pela dependência química do tabagismo, além de causar grandes prejuízos à saúde.
A dependência ocorre porque, ao se tragar o cigarro, cerca de 25% da nicotina inalada chega à corrente sanguínea, atingindo o encéfalo (centro do sistema nervoso) dentro de aproximadamente 15 segundos. O cérebro é constituído por milhões de células, os neurônios. Estes, comunicam entre si através dos neurotransmissores (que funcionam como uma espécie de mensageiros). Quando a nicotina chega ao cérebro, há também o aumento da liberação da dopamina (neurotransmissor envolvido no circuito do prazer) e, por conseguinte, causa na pessoa uma sensação de bem-estar.

Todavia, esse sentimento é momentâneo e quanto mais o indivíduo faz uso da substância, mais o organismo se adapta à droga e o vício torna-se inevitável, tendo em vista que as doses para a mesma sensação de prazer precisam ser cada vez maiores, ou seja, o número de cigarros consumidos será cada vez mais alto.
Não só a sensação de bem-estar é ocasionada pelo consumo da nicotina, mas a droga também causa uma ação estimulante em nosso sistema nervoso central que trará como consequências a redução do apetite e o aumento da:
Pressão arterial
Frequência respiratória
Frequência dos batimentos cardíacos
Atividade Motora
Todas essas decorrências prejudiciais à saúde ocorrem porque o efeito da nicotina impede que a acetilcolina (neurotransmissor atuante no sistema cardiovascular, sistema excretor, sistema respiratório, sistema muscular e cérebro) se ligue a certos receptores neuronais.
E não para por aí! Fora tais ações no sistema nervoso central, ao se tragar um cigarro, a nicotina é instantaneamente distribuída pelos nossos tecidos e absorvida pelos pulmões. Em virtude disso, são causados mais prejuízos... como:
Envelhecimento precoce
Dentes amarelados
Diminuição da capacidade de circulação sanguínea
Diminuição da capacidade física e respiratória
Eleva a deposição de gorduras nas paredes e nos vasos sanguíneos, sobrecarregando o coração, podendo levar até mesmo ao infarto
Além de deixar os cabelos, as roupas e o hálito com um odor muito desagradável.

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