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A mente depressiva. Afinal, o que é depressão?

  • Foto do escritor: Psicóloga Priscila Neves
    Psicóloga Priscila Neves
  • 13 de fev. de 2019
  • 3 min de leitura

Conhecida por muitos como “o mal do século”, a depressão é considerada a quarta principal causa de incapacitação, segundo a Organização Mundial da Saúde.


Ainda assim, há quem tenha dúvidas sobre o assunto. Então vamos esclarecer!



O que determina uma pessoa estar depressiva?


Embora o estereótipo da depressão seja a proeminência dos sentimentos de tristeza e vazio, nem todos os pacientes relatam tal subjetividade. Enquanto síndrome, o indivíduo pode apresentar quatro ou mais dos seguintes episódios associados ao desenvolvimento da depressão:

  • Incapacidade de sentir prazer em atividades que antes lhe eram agradáveis

  • Desinteresse pelo ambiente

  • Retraimento social

  • Autodesvalorização

  • Ansiedade

  • Alterações no humor (tristeza, irritabilidade, sentimentos de inutilidade, apatia ou culpa)

  • Crises de choro

  • Dificuldades de concentração ou tomada de decisão

  • Fadiga ou desânimo demasiadamente

  • Redução do interesse sexual

  • Perda de apetite, perda de peso ou ganho de peso

  • Insônia ou hipersonia (sono aumentado)

  • Agitação ou retardo psicomotor

  • Pensamentos de morte ou de suicídio


Observa-se também a manifestação somática em indivíduos depressivos, com queixas de dores generalizadas, proveniente de má postura e aumento da tensão muscular. São pessoas poliqueixosas. Por isso, é de suma importância o acompanhamento médico e psicológico, tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado.



Tristeza ou depressão?


Há uma diferença significativa entre tristeza e depressão. A tristeza pode originar-se de alguma circunstância cotidiana, em que o indivíduo sofre com aquilo devido a incapacidade de compreensão sobre o que está lhe acontecendo, mas tem ciência sobre o motivo e costuma ter pensamentos repetitivos sobre tal razão, com durabilidade de quinze a vinte dias no máximo. Já a depressão, é caracterizada por uma série de conflitos, muitas vezes sem conteúdos, sem um motivo aparente, que ultrapassa esse período e, se não for tratada, pode agravar o quadro e passar por três estágios: leve, moderada e grave.


A depressão é mais comum em mulheres, devido a fatores hormonais e sociais, mas pode manifestar-se em qualquer pessoa, independente de raça, sexo ou classe social. Como visto, pode ser resultado de uma constelação psicológica, biológica ou social e suas causas variam bastante, podendo surgir nos mais variados quadros clínicos:

  • Transtorno de estresse pós-traumático

  • Situações estressantes

  • Catástrofes

  • Circunstâncias sociais desfavoráveis ao indivíduo

  • Circunstâncias econômicas adversas

  • Doenças clínicas

  • Luto

  • Alcoolismo

  • Demência

  • Esquizofrenia

  • Certos medicamentos como: anti-hipertensivos, quimioterápicos e imunossupressores.



Os tipos de depressão


Os tipos variam de acordo com com a causa e duração. Para que você entenda melhor, listei os mais comuns:


Depressão maior ou grave – O indivíduo sente os sintomas típicos da depressão, porém, esses sentimentos se manifestam de modo mais intenso e normalmente por um período maior do que seis meses. É um dos tipos mais graves. Comumente tem relação com herança genética.


Distimia – Considerada uma depressão de baixo grau. A pessoa sofre com os sintomas típicos, porém em uma menor intensidade. Por isso, ela ainda é capaz de realizar as atividades do dia-a-dia, como a vida social e o trabalho. Em contrapartida, sua duração é de no mínimo dois anos. Geralmente são pessoas intituladas como mau humoradas ou pessimistas, o que acaba dificultando no diagnóstico.


Sazonal – É a depressão mais comum em países mais frios e com pouca incidência de luz solar. Outras pessoas ficam depressivas, por exemplo, com as festas de final de ano ou outras datas significativas.


Pós-parto – Acomete em mulheres logo após o parto. Podendo em alguns casos, manifestar-se ainda na gravidez. É bastante específica e a causa é hormonal.


Reativa – Neste caso, a depressão é desencadeada por um evento específico. Ou seja, ela surge após um evento traumático/estressante, diante de algum quadro clínico ou a morte de um ente querido, por exemplo.


Atípica – Quem sofre deste tipo de depressão é comum ter picos de humor temporários como reação a um acontecimento positivo, voltando brevemente ao quadro anterior. Justamente, por conta dessa reação, há uma dificuldade maior no diagnóstico desta depressão.



Quando procurar ajuda


Se você se enquadrar em quatro ou mais sintomas presentes na lista logo no início do texto ou sentir a necessidade antes mesmo disto, faça uma consulta com seu médico ou psicólogo assim que puder.

Outra opção é realizar o contato com o CVV – Centro de Valorização da Vida, que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo de forma voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisem conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e voip 24h todos os dias.

A ligação para o CVV, em parceria com o SUS, pode ser feita por meio do número 188, sendo gratuita a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular.


Se você está relutante em procurar ajuda profissional, converse com um amigo ou familiar, um líder religioso ou alguém em que confie.



Tratamento


Para cada tipo de depressão é necessário um tratamento diferente. Por isso, procurar ajuda de profissional capacitado é muito importante. Em casos onde a depressão é de grau leve a moderado é indicado que o indivíduo experiencie a psicoterapia, a qual é realizada por um psicólogo (profissional capacitado que detêm de um conjunto de técnicas científicas para a desenvoltura do distúrbio). Em casos mais graves a psicoterapia trabalha em conjunto com o uso de medicações.


Algumas terapias alternativas também oferecem resultados positivos, dentre elas encontram-se:

  • Acupuntura

  • Meditação

  • Atividades de lazer

  • Esportes

  • Etc.

 
 
 

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