TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA
- Psicóloga Priscila Neves
- 11 de mar. de 2019
- 2 min de leitura
Saiba mais sobre os sintomas, as causas e o tratamento

O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) está entre os transtornos mentais mais frequentes encontrados na psicologia clínica. Embora tenha sido visto inicialmente como um transtorno de categoria leve, nos dias de hoje, o TAG é avaliado como uma doença crônica que ocasiona alto custo individual e social, podendo se manifestar em diversas idades.
De acordo com o DSM-IV-TR, o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é definido como um estado de preocupação exacerbado podendo atingir diversas atividades ou eventos na vida do indivíduo. Ele é considerado um transtorno crônico e recorrente (com seus sintomas psiquiátricos e somáticos) quando ocorrer na maior parte dos dias, em um período de pelo menos seis meses.
SINTOMAS
O TAG é caracterizado pelo excesso de preocupações relacionadas a uma diversidade imensa de estímulos, somada à presença de sintomas físicos, tais como:
Sudorese
Palpitações
Tensão muscular
Taquicardia
Aumento da pressão arterial
Alterações nos hábitos intestinais
Náuseas
Fadiga
Alterações dos padrões de sono
Dificuldade de concentração
Irritabilidade
Cefaleia (dores de cabeça)
Dentre outros
Os sintomas podem variar e mudar ao longo do tempo, o que faz com que a pessoa se sinta bem em algumas ocasiões e mal em outras. O sujeito é incapaz de controlar suas preocupações, fazendo com que elas interfiram na atenção das tarefas que precisam ser realizadas. Dificilmente consegue identificar suas preocupações como excessivas, mas relatam sofrimento significativo, como também, prejuízo em seu desempenho social e ocupacional.

Desta forma, o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) propicia a queda na qualidade de vida do paciente e prejudica seu desempenho no âmbito familiar, social e profissional. Senão tratado, o TAG pode durar por muitos anos.
Causas
Assim como as doenças cardíacas e a diabetes, os distúrbios de ansiedade resultam de uma combinação genética, de um desenvolvimento psicoemocional e comportamental do indivíduo.
Pessoas que possuem um estilo de vida mais agitado, que estão sob estresse contínuo ou tendem a ser excessivamente minuciosas são mais propensas a desenvolver o transtorno.
Diagnóstico
O diagnóstico do TAG leva em conta a história de vida do paciente, uma avaliação clínica criteriosa e, quando necessário, a realização de exames complementares.
Como os sintomas podem ser comorbidades a várias condições clínicas diferentes que exigem tratamento específico, é fundamental estabelecer o diagnóstico diferencial quando o paciente apresenta TOC, síndrome do pânico ou fobia social, por exemplo.
Tratamento
O tratamento do TAG inclui o uso de medicamentos antidepressivos ou ansiolíticos, sob orientação médica e a terapia comportamental cognitiva. O tratamento farmacológico geralmente precisa ser mantido por seis a doze meses depois do desaparecimento dos sintomas e deve ser descontinuado em doses decrescentes.
Por se tratar de um transtorno com tendência a cronicidade e a períodos de remissão e recorrências, um importante fator à adesão é que o tratamento seja desenvolvido por um mesmo profissional ou equipe de saúde, possibilitando assim, a identificação precoce de situações desencadeantes e sinais de recaída.

Os objetivos primordiais do tratamento do TAG s.não são focados nos sintomas físicos listados acima, mas sim na melhora do quadro de ansiedade e a redução ou eliminação da incapacidade. Desenvolvidos tais processos, consequentemente, os sintomas físicos também serão tratados.
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